Iniciou-se, dia 31 de Março, em Coimbra, o primeiro de uma série de Concertos pela Paz que vão decorrer nos próximos meses em diversas cidades, sempre apoiados pelas respectivas autarquias.
Foi um empolgante início, com este magnífico Concerto pela Paz, na bela sala da antiga igreja do Convento de S. Francisco, praticamente cheia, onde cerca de 400 pessoas vibraram com a música, as canções, os poemas e as palavras na defesa da paz,
proclamando bem alto, por diversas vezes, Paz sim! Guerra não!
Foram momentos de grande beleza e emoção que os participantes foram sublinhando com muitas palmas e, por vezes, juntando a sua voz às dos artistas, à música e às palavras.
O Concerto, apresentado por João Oliveira, começou com a participação da Filarmónica ARM de Ceira - que entrou e subiu à sala a tocar e, no final, encerrou o espetáculo.
Seguiram-se Rita Abrunhosa com Catarina Peixinho, o coletivo Música com Paredes de Vidro (o pianista Fausto Neves e os violinistas Manuel Rocha e Hugo Santos), os artistas da Cooperativa Bonifrates com os seus poemas, as canções da Catarina Moura acompanhada por Manuel Rocha e Ricardo Grácio, o João Queirós com a Guitarra e oos Cantares de Coimbra.
Todos os diversos artistas que generosamente participaram, afirmaram, através da sua arte, os valores da solidariedade, da amizade e da Paz, dando o exemplo do mundo melhor que podemos ajudar a construir se cada um for solidário e apoiar as causas nobres, como a Paz que os povos anseiam, sublinhou Ilda Figueiredo que, em nome do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) agradeceu aos artistas, às centenas de pessoas que quiseram viver o Concerto pela Paz, aos trabalhadores da sala de espetáculos municipal, à Câmara Municipal de Coimbra e ao núcleo local do CPPC que tanto se empenhou na sua realização.
Na sua intervenção, Ilda Figueiredo falou dos objetivos do CPPC na defesa da cultura da paz, denunciando as inúmeras guerras que têm assolado a humanidade, a manipulação da opinião pública e as mentiras, não esquecendo o Iraque, a ex-Jugoslávia, a Síria, o Iémen, a Palestina, o Saara Ocidental e a Ucrânia. Referiu também desafios do CPPC como a denúncia da corrida aos armamentos, a solidariedade com todos os povos vítimas de conflitos e guerras e algumas iniciativas que o CPPC está a preparar em conjunto com outras organizações, designadamente em torno dos 50 anos do 25 de Abril e dos seus valores, incluindo a Constituição da República Portuguesa.
Destacou também a preparação do III Encontro pela Paz, que se vai realizar em Gaia, a 28 de Outubro.