A libertação de Saigão (como então se chamava a atual Cidade de Ho Chi Mihn) com a entrada das forças da Frente de Libertação do Vietname, a 30 de abril de 1975, marca o fim da longa luta do povo vietnamita pela sua libertação nacional e fim da agressão estrangeira.
Desde a década de 40 do século XX, o povo vietnamita enfrentou a ocupação japonesa, o colonialismo francês e a agressão norte-americana, ou seja, a intervenção de poderosas potências económicas e militares, incluindo a mais poderosa do mundo. A todas venceu!
A tenacidade, abnegação, unidade e patriotismo do povo do Vietname revelaram-se mais fortes do que as mais avançadas armas e os mais bem equipados soldados. A vitória consumada em abril de 1975 mostrou que nenhuma força, por mais poderosa e brutal que seja, pode travar um povo que luta pelo seu direito a ser livre e a escolher soberanamente o seu próprio rumo de desenvolvimento.
Décadas de guerra deixaram marcas profundas no Vietname e no seu povo: mais de um milhão de mortos e a destruição das já de si parcas infraestruturas herdadas do colonialismo.
O uso massivo, pelos EUA, do chamado Agente Laranja, uma arma química, provocou e provoca ainda doenças e mal-formações em milhares de vietnamitas. Mais um crime do imperialismo norte-americano que permanece impune.
É com emoção que o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) recorda as grandes jornadas de solidariedade com o povo vietnamita, promovidas no nosso País, quer durante a ditadura fascista, quer já nos intensos tempos da Revolução de abril, e a alegria partilhada aquando da vitória, num tempo em que ambos os povos se lançavam à construção dos seus países, uma vez libertos da opressão.
A solidariedade do CPPC ao povo vietnamita não terminou com o calar das armas. Prossegue, hoje, na não menos exigente tarefa do desenvolvimento pacífico: nos últimos 45 anos, a República Socialista do Vietname tem garantido ao seu povo não só a paz, a soberania nacional, como o desenvolvimento e o progresso. As suas prioridades ficam, aliás, claras, no modo exemplar como responde à pandemia de COVID-19, que naquele país tem uma baixíssima taxa de incidência e, pelo menos até ao momento, não se registam vítimas mortais.
Nesta data tão importante para o povo vietnamita, o CPPC envia calorosas saudações ao Conselho da Paz do Vietname e toda a solidariedade ao povo e aos seus órgãos de soberania pelo empenhamento na defesa da paz, da cooperação, e do desenvolvimento e progresso social.
Direção Nacional do CPPC
