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Cerca de 100 pessoas participaram na ação de solidariedade com a Palestina, realizada em Évora.
A ação foi organizada pelo CPPC e pela CGTP-IN.
Palestina Vencerá!
Intervenção do CPPC
«Estamos na rua, uma vez mais, em solidariedade com a Palestina, a exigir o fim dos massacres, da agressão, da violência e das humilhações infligidas por Israel ao povo palestino – numa palavra, a exigir o fim da ocupação!
Protestamos contra a expulsão de populações palestinas de Jerusalém Oriental, para instalar no seu lugar colonos israelitas.
Repudiamos as provocações dos sectores mais agressivos do sionismo, apoiados nas forças armadas e policiais do Estado de Israel, contra muçulmanos e também cristãos.
Denunciamos e condenamos mais um massacre contra a população palestina na Faixa de Gaza, responsável até ao momento pelo assassinato de perto de 200 pessoas, entre as quais cerca de 60 crianças.
Realidade que Israel quer ocultar, ao bombardear os edifícios na Faixa de Gaza onde estão sediadas agências de comunicação social que não escondem a morte, o sofrimento e a destruição pelas quais é responsável o exército israelita.
Ao contrário do que alguns querem fazer crer através dos grandes meios de comunicação, não se trata de uma ‘guerra’, não se trata de um ‘conflito’, entre partes igualmente responsáveis – mas de uma agressão e ocupação!
Importa não esquecer que ainda há um ano aqui estivemos, neste mesmo local, a denunciar a intenção de Israel anexar novos territórios da Cisjordânia ocupada.
Como estivemos, em múltiplas iniciativas pelo País, a denunciar e a condenar: o ilegal reconhecimento pelos Estados Unidos da América de Jerusalém como pretensa capital de Israel; a ilegal construção do muro do apartheid e de novos colonatos israelitas; a brutal repressão de qualquer expressão de patriotismo e de dignidade por parte dos palestinos; as prisões arbitrárias e ilegais, incluindo de centenas de crianças e jovens palestinos; ou a imposição do cruel cerco à população palestina na Faixa de Gaza.
Razões que nos levaram à rua tantas vezes nos últimos anos, e que no fundo radicam apenas numa: a ocupação ilegítima, ilegal e brutal de territórios palestinos por parte de Israel.
É a ocupação a causa da expulsão de palestinos das suas casas e terras e da destruição das suas aldeias, que fez dos palestinos refugiados.
É a ocupação a causa dos crimes, dos abusos, das humilhações, que marcam há gerações o dia-a-dia do povo palestino.
Ao denunciarmos e condenarmos, hoje e aqui, a ocupação e todas as violências que ela causa, responsabilizamos a potência ocupante e opressora: o Estado de Israel, com a sua política sionista, colonialista, xenófoba.
Não esquecemos, nem permitimos que seja esquecido, que a impunidade da política de Israel, de agressão, ocupação e opressão, radica no apoio das sucessivas administrações dos Estados Unidos da América, incluindo a de Biden.
Realidade que ficou evidente com os bombardeamentos norte-americanos contra a Síria e que agora é comprovada com o apoio da Administração Biden à política de agressão de Israel.
A agressão, a desestabilização, a ingerência continuam a ser vetores essenciais da política norte-americana contra países e povos do Médio Oriente e o Estado de Israel um instrumento fundamental dessa política.
E que dizer da postura da União Europeia, que afirma uma hipócrita neutralidade entre agressores e agredidos, entre opressores e oprimidos, que na prática branqueia e é cúmplice da ocupação israelita?
E o Governo português, que dizendo defender a solução de dois Estados, não denuncia, nem condena, a política ilegal e criminosa do Governo israelita que a desrespeita e procura boicotar e inviabilizar?
Portugal tem uma Constituição que rejeita o colonialismo e o imperialismo, que defende o direito dos povos à autodeterminação e independência, que faz uma opção clara pela paz e a soberania. É ao seu cumprimento que as autoridades portuguesas estão obrigadas e não a quaisquer compromissos com os EUA, a NATO ou a UE e as suas políticas cúmplices com Israel.
Estamos aqui, uma vez mais, solidários com o heroico povo palestino e a sua persistente e corajosa luta pelos seus legítimos direitos nacionais.
Mas também solidários com o movimento pela paz israelita e todos os que em Israel – judeus, muçulmanos, cristãos – lutam contra o sionismo e a ocupação, com plena consciência, pela sua experiência quotidiana, que não é livre um povo que oprime outros povos.
Estamos aqui, uma vez mais, as vezes que forem necessárias, para afirmar que a paz na Palestina e no Médio Oriente só será possível com a concretização dos direitos nacionais do povo palestino, com o fim dos massacres, da violência, da ocupação, com a criação do Estado da Palestina nas fronteiras anteriores a junho de 1967, e com capital em Jerusalém Oriental, e o respeito do direito de regresso dos refugiados palestinos, como consagrado no Direito Internacional, incluindo em inúmeras resoluções das Nações Unidas.
Seria bom que não fosse necessário voltar à rua, que os direitos do povo palestino fossem respeitados. Mas enquanto o não forem, voltaremos as vezes que forem necessárias!
Continuaremos a luta!
Viva o heroico povo palestino!
Viva a solidariedade!
Palestina vencerá!»