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apelo ao fim das sancoes a siria 1 20210629 1343973605

Há dez anos que a Síria e o seu povo estão a ser vítimas de uma guerra que provocou morte, sofrimento e destruição, a que se acrescem as sanções impostas pelos Estados Unidos da América e pela União Europeia, para além dos efeitos da situação de pandemia.
As sanções económicas, adoptadas unilateralmente e à margem das Nações Unidas, estão a agravar a situação da população síria, que enfrenta actualmente enormes dificuldades.
Para além do objectivo enunciado pelos Governos ocidentais, as sanções constituem uma forma de punição colectiva infligida a todo o povo sírio e estão a mergulhar o país numa situação humanitária sem precedentes, negando às famílias, especialmente às mais vulneráveis, as suas necessidades básicas.
As medidas coercivas contra a Síria – país dilacerado pela guerra e que enfrenta a crise económica e a pandemia –, visam obstaculizar, e mesmo impedir, a urgente ajuda à população, em áreas tão essenciais como o acesso a serviços e cuidados de saúde, incluindo vacinas contra a Covid-19, a alimentação, a habitação, a água e o saneamento, a educação, a recuperação económica ou a reconstrução de infra-estruturas básicas.
Saliente-se que a Relatora Especial da ONU apelou à urgência da remoção das sanções, devido ao impacto negativo das medidas coercivas unilaterais no exercício dos direitos humanos, pois elas tornam a grave situação na Síria ainda mais insustentável, especialmente enquanto está em curso a pandemia da Covid-19. O comércio e os investimentos são necessários para fazer funcionar o sistema de saúde e a economia sírias.
Tendo como aspiração a paz na Síria e associando-se a importantes iniciativas que pugnam pela eliminação das sanções e bloqueios económicos, instamos a que, de forma urgente, se ponha fim às sanções à Síria, de modo a que possam ser respeitados os direitos e a dignidade do povo sírio, a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional.
 
Junho de 2021
 

Primeiros subscritores(as):

Abílio Fernandes – Economista de empresa (reformado)

Agostinho Santos – Jornalista, Pintor, Diretor da Bienal Internacional de Arte de Gaia

Alfredo Maia – Jornalista

Ana Maria Guedes de Almeida e Silva – Professora universitária (aposentada)

Carla Maria Matos Nóbrega – Engenheira

Deolinda Machado – Dirigente da Liga Operária Católica

Dom Duarte de Bragança

Dom Januário Torgal Ferreira – Bispo emérito das Forças Armadas e Segurança

Fausto Neves – Pianista e Professor

Fernando Nobre – Presidente da AMI

Frederico Gama Carvalho – Investigador Coordenador (aposentado)

Ilda Figueiredo – Autarca e Presidente da Direcção Nacional do CPPC

Isabel Camarinha – Secretária-Geral da CGTP-IN

Joaquim Santos – Presidente da Câmara Municipal do Seixal

Jorge Cadima – Professor universitário

Jorge Ribeiro – Jornalista

José António Gomes – Escritor

José Fernando Pinharanda – Engenheiro de Minas (reformado)

José Goulão – Jornalista

José Luís de Sousa Neves – Engenheiro

Manuel Loff – Professor universitário

Maria das Dores Meira – Presidente da Câmara Municipal de Setúbal

Mourad Bezzeghoud – Professor universitário

Mouhaydine Tlemçani – Professor universitário

Nuno Rombert Pinhão – Físico, Investigador

Pedro Vaz Patto - Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz

Rui Manuel Soares Dias – Professor universitário

Rui Namorado Rosa – Professor emérito

Valter Hugo Mãe – Escritor

Vítor Pinto – Engenheiro